sexta-feira, 11 de março de 2022

Incentivo à Leitura: último convite


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   Clube das Histórias   

 

Um Incentivo à Leitura

 

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Caros Senhores,  

 

A equipa responsável por Clube das Histórias: Um Incentivo à Leitura é composta por um grupo de pessoas dedicadas a promover o prazer de ler histórias. A equipa envolvida tem vindo, desde há alguns anos, a trabalhar em conjunto com escolas, bibliotecas e outras instituições, com a finalidade de incentivar o gosto pela leitura junto de pessoas de diferentes faixas etárias.

Tomámos também a decisão de alargar o público alvo e de dar a conhecer o nosso acervo de textos, via email e numa base semanal, a todos os que estiverem interessados em recebê-los. A iniciativa Clube das Histórias tem vindo, desde então, a difundir-se de uma forma significativa não só em Portugal mas também no Brasil e nos Países Africanos de língua portuguesa.  

Clube das Histórias visa assim promover a literacia, através da leitura de pequenos textos capazes de permitir uma reflexão sobre princípios fundamentais da sociedade de hoje, e de transmitir valores como a solidariedade, a justiça, a generosidade e a tolerância, entre muitos outros.

Esta iniciativa consiste no envio por email de duas histórias/textos semanais de forma totalmente gratuita. As histórias enviadas destinam-se, uma, a um público infantil; outra, a adolescentes e adultos.

As duas histórias poderão ser lidas no corpo da mensagem ou, o que aconselhamos, nos anexos PDF, onde são apresentadas com texto e imagens a cores.    

 

Se tiver interesse em aderir a este projeto, deverá inscrever-se seguindo as instruções abaixo. A inscrição é totalmente gratuita e pode cancelá-la quando desejar. Asseguramos-lhe ainda que o seu endereço de email permanecerá estritamente confidencial.

Se pretender continuar a receber as histórias semanais, copie no campo do assunto:

“Sim, desejo inscrever-me no projeto: Clube das Histórias (Portugal)"

“Sim, desejo inscrever-me no projeto: Clube das Histórias (Brasil)"

 

Se nada disser, deixará de receber este convite.

Se já tiver feito a sua inscrição, não é necessário voltar a fazê-lo.

 

Neste momento, estamos a gerir projetos semelhantes em Alemão, Espanhol, Francês e Inglês. Se desejar receber (sempre gratuitamente) histórias noutras línguas, pode responder a este email indicando a(s) sua(s) escolha(s):

 

- Alemão - Mit Geschichten groß werden

- Espanhol - Cuentos para crecer

- Francês - Histoires à faire rêver

- Inglês - Joy of Reading

  

Com a convicção de que esta iniciativa irá merecer o interesse dos nossos leitores, agradecemos desde já a atenção dispensada.

  

 A Equipa Coordenadora de Clube das Histórias 

 

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 A Ponte

 (texto em português do Brasil)

 

Max e Pedro eram alunos do terceiro ano. Moravam em frente um do outro, na mesma rua de uma pequena cidade. Haviam sido grandes amigos, mas, por um motivo qualquer, haviam discutido e passaram a não gostar um do outro.

Quando Max saía da porta do pátio, gritava para o outro lado da rua:

— Idiota! — E mostrava o punho ao ex-amigo.

Pedro respondia:

— E você também é! — E o ameaçava também com o punho.

Os colegas da turma haviam já tentado reconciliá-los por várias vezes, mas todos os esforços haviam sido vãos. Eram os dois muito teimosos! Da última vez, acabaram atirando bolas de lama um ao outro.

Um dia, havia chovido muito. Depois, as nuvens se afastaram e o sol voltou a brilhar, mas a rua ficara inundada. Quem queria atravessar tentava, a medo, medir a profundidade da água com a ponta do pé, e recuava.

Max saiu de casa, parou na frente do pátio e olhou satisfeito à sua volta. Tudo fresco e lavado pela chuva. Como brilhava agora ao sol! De repente, seu rosto se tornou sombrio. Do outro lado da rua, Pedro estava parado à porta de casa. E Max reparou que ele tinha na mão uma grande pedra. “Ah!”, pensou Max. “Pedro vai me atirar uma pedra! Já vai ver!”

Correu novamente em direção ao pátio, procurou um tijolo e voltou para a rua, pronto para se defender. Mas Pedro não lhe atirou a pedra. Se baixou na beira da calçada e a pousou na água com cuidado. Depois, experimentou com o pé para ver se oscilava, e desapareceu.

A pedra ficou parecendo uma pequena ilha.

“Ah!”, pensou Max. “Isso eu também sei fazer!”

E pôs o seu tijolo na água.

Pedro voltou a aparecer, carregando uma segunda pedra. Pôs o pé com cuidado em cima da primeira e colocou a segunda pedra na água, alinhada com o tijolo do seu inimigo. Max trouxe então três tijolos de uma só vez.

E assim foram construindo uma passagem sobre a água.

Dos dois lados da rua, as pessoas os observavam e esperavam.

Por fim, ficou apenas a distância de um passo entre o último tijolo e a última pedra.

Max e Pedro estavam em frente um do outro. Era a primeira vez, desde há muito tempo, que se olhavam novamente nos olhos.

— Tenho uma tartaruga no meu pátio — diz Max. — Quer vir ver?

 

 

N. Oettli

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 Reconexão com a Natureza

 

A fim de podermos adotar uma atitude mental mais regeneradora, precisamos de reconhecer que a nossa própria sobrevivência física depende diretamente da natureza. Os seres humanos não podem sobreviver mais do que alguns minutos sem oxigénio. Ora, o oxigénio que respiramos tem origem, por um lado, nos processos fotossintéticos de árvores, gramíneas e outras plantas da terra, e, por outro lado, no fitoplâncton dos oceanos. Cada gole de água que bebemos provém da chuva, dos glaciares, dos lagos, e dos rios. E cada alimento que comemos provém quer da terra — frutas, legumes, grãos, vacas, galinhas ou ovelhas — quer dos rios e oceanos — peixe ou marisco.

 

Os seres humanos não podem sobreviver mais de uma semana sem água ou três semanas sem comida. Cada inspiração que fazemos, cada gota de líquido que bebemos, e cada porção de comida que ingerimos tem origem na natureza, e liga-nos profundamente a ela. Esta é uma verdade básica e simples, que tendemos a ignorar ou a encarar como garantida. Não é apenas a nossa sobrevivência imediata que depende do funcionamento dos ecossistemas. A nossa saúde, física e emocional, também depende do contacto com o mundo natural que nos rodeia.

 

Neste momento, este contacto encontra-se seriamente ameaçado, quer pela urbanização crescente, quer pelo tempo que despendemos com dispositivos eletrónicos. A vida sedentária que levamos — muitas vezes caraterizada por escassez de luz natural, má qualidade do ar, ambientes fechados, e excesso de contacto com o mundo digital — leva não só à obesidade e à perda de força física, mas também a sentimentos de isolamento e depressão. Este conjunto de sintomas tem sido amplamente diagnosticado como “transtorno de défice de natureza”.

 

Vários estudos científicos demonstram que as pessoas que fazem exercício físico e que passam mais tempo em contacto com o mundo natural revelam um decréscimo de mortalidade, stresse e outras doenças. Jardinagem, atividades de lazer baseadas na natureza, e contacto com paisagens naturais aumentam a nossa sensação de bem-estar, ao mesmo tempo que nos sensibilizam para os vários cambiantes da luz e do clima, e para as mudanças que ocorrem em cada uma das estações do ano. A reconexão com a natureza é um poderoso remédio para a ansiedade e para o stresse, e atua como antídoto para as doenças físicas.

 

O sistema nacional de saúde japonês desenvolveu a prática do shinrin-yoku, que significa literalmente, “banho de floresta”, e que equivale a desfrutar da floresta de forma consciente. Esta prática é benéfica para a alma e para o corpo, uma vez que reforça o sistema imunitário, baixa a pressão arterial, ajuda a dormir bem, melhora o humor, e aumenta a energia individual. Daí que uma tal prática se tenha tornado uma pedra angular dos cuidados preventivos de saúde e cura no Japão.

 

Neste momento, um número crescente de pediatras está a prescrever um maior contacto com a natureza. Tal contacto não só ajuda as crianças a combaterem a obesidade, mas também lhes permite desenvolver uma atitude de deslumbramento e amor pela fauna e flora locais, bem como por certos lugares especiais. Alguns médicos chegam ao ponto de afirmar que assistir a documentários sobre espécies ameaçadas e ecossistemas distantes não substitui o cuidado dedicado às plantas de nossa casa, nem a observação direta dos voos de borboletas e pássaros.

 

Christiana Figueres, Tom Rivett-Carnac

 

acb@clubedashistorias.com

 

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