quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Compliments.

Compliments.

I'm Mr. Cools Kurt residing here in Paris, France. It's a great privilege to be in contact with you today. I have something urgent and objective to share with you privately which will benefit both of us in returns. But before going further, I will demand your permission to go further to introduce my humble self and the reason for my contact with you. Kindly give me a quick response to my private email address ( coolskurt.w@gmail.com) Thank you.

Mr. Cools Kurt 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Investimento

Attn Sócio,


Eu sou o Sr. Robert Claes; Escritório de Advocacia Legal Advocate/Solicitor localizado em Birmingham, no Reino Unido.

Prestamos consultoria oficial para ONG's e Empresas em Questões Jurídicas/Afins, Direito de Família; Propriedade intelectual; Imobiliária; Testamentos, Fundos e Impostos.

Tenho um contrato de trabalho legítimo para você; Quero saber se você tem capacidade, força de trabalho e força para ajudar meu cliente a investir em seu país e ser recompensado financeiramente sem afetar sua conveniência,

Eu represento um cliente (Sra. Chung Hee-Ja da Coréia do Sul) e tenho sido meu cliente nos últimos nove anos. Seguindo as instruções dela, estou consultando você, por motivos comerciais, pois ela procura um investidor respeitável ou um indivíduo que possa ajudar na busca de um empreendimento comercial bem localizado em que ela possa investir, em seu país

Mais importante, você será solicitado a inspecionar, monitorar e fechar transações em nosso nome até que eu voe para o seu país para inspeção, mas a transferência de documentos ou fotos da propriedade pode ser trocada por meio de anexo de e-mail ou de preferência por fax, se você tem qualquer propriedade digna à sua disposição ou pode ajudar a procurar qualquer propriedade ou propriedade valiosa disponível, de preferência em seu país.

Meu cliente está disposto a recompensá-lo com 10% do valor de tudo o que você puder embrulhar como comissão de agente e por sua função de parceiro, pois deixei claro para ela que estava entrando em contato com você para esse fim.

Bem, acredito que esta é uma oportunidade única na vida para obtermos uma vantagem na exploração dos pontos vitais dos investimentos em seu país e em sua profissão, pois é seu campo, pois meu cliente está pronto Com finanças baixas para investir, embora ela tenha declarado o valor e valor que ela deseja investir, mas por motivos de segurança não posso divulgar ou dar a conhecer a você até que eu conheça sua fé e tenha uma prova de sua capacidade de lidar com uma transação de tal magnitude.

Se você preferir ser contatado novamente para obter informações mais expressas, escreva de volta imediatamente, estou ansioso por isso. Espero sua correspondência, pois minha resposta com mais informações sobre esta oferta lucrativa será rápida.

Sinceramente,


Sr. Robert Claes

Robert & Claes LLP
633 West 5th Suites 4000
Birminhamn, SUX 90071, Reino Unido
Telefone: +44-213-6222-995
Fax: +44-213-6222-995

sexta-feira, 11 de março de 2022

Incentivo à Leitura: último convite


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   Clube das Histórias   

 

Um Incentivo à Leitura

 

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Caros Senhores,  

 

A equipa responsável por Clube das Histórias: Um Incentivo à Leitura é composta por um grupo de pessoas dedicadas a promover o prazer de ler histórias. A equipa envolvida tem vindo, desde há alguns anos, a trabalhar em conjunto com escolas, bibliotecas e outras instituições, com a finalidade de incentivar o gosto pela leitura junto de pessoas de diferentes faixas etárias.

Tomámos também a decisão de alargar o público alvo e de dar a conhecer o nosso acervo de textos, via email e numa base semanal, a todos os que estiverem interessados em recebê-los. A iniciativa Clube das Histórias tem vindo, desde então, a difundir-se de uma forma significativa não só em Portugal mas também no Brasil e nos Países Africanos de língua portuguesa.  

Clube das Histórias visa assim promover a literacia, através da leitura de pequenos textos capazes de permitir uma reflexão sobre princípios fundamentais da sociedade de hoje, e de transmitir valores como a solidariedade, a justiça, a generosidade e a tolerância, entre muitos outros.

Esta iniciativa consiste no envio por email de duas histórias/textos semanais de forma totalmente gratuita. As histórias enviadas destinam-se, uma, a um público infantil; outra, a adolescentes e adultos.

As duas histórias poderão ser lidas no corpo da mensagem ou, o que aconselhamos, nos anexos PDF, onde são apresentadas com texto e imagens a cores.    

 

Se tiver interesse em aderir a este projeto, deverá inscrever-se seguindo as instruções abaixo. A inscrição é totalmente gratuita e pode cancelá-la quando desejar. Asseguramos-lhe ainda que o seu endereço de email permanecerá estritamente confidencial.

Se pretender continuar a receber as histórias semanais, copie no campo do assunto:

“Sim, desejo inscrever-me no projeto: Clube das Histórias (Portugal)"

“Sim, desejo inscrever-me no projeto: Clube das Histórias (Brasil)"

 

Se nada disser, deixará de receber este convite.

Se já tiver feito a sua inscrição, não é necessário voltar a fazê-lo.

 

Neste momento, estamos a gerir projetos semelhantes em Alemão, Espanhol, Francês e Inglês. Se desejar receber (sempre gratuitamente) histórias noutras línguas, pode responder a este email indicando a(s) sua(s) escolha(s):

 

- Alemão - Mit Geschichten groß werden

- Espanhol - Cuentos para crecer

- Francês - Histoires à faire rêver

- Inglês - Joy of Reading

  

Com a convicção de que esta iniciativa irá merecer o interesse dos nossos leitores, agradecemos desde já a atenção dispensada.

  

 A Equipa Coordenadora de Clube das Histórias 

 

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 A Ponte

 (texto em português do Brasil)

 

Max e Pedro eram alunos do terceiro ano. Moravam em frente um do outro, na mesma rua de uma pequena cidade. Haviam sido grandes amigos, mas, por um motivo qualquer, haviam discutido e passaram a não gostar um do outro.

Quando Max saía da porta do pátio, gritava para o outro lado da rua:

— Idiota! — E mostrava o punho ao ex-amigo.

Pedro respondia:

— E você também é! — E o ameaçava também com o punho.

Os colegas da turma haviam já tentado reconciliá-los por várias vezes, mas todos os esforços haviam sido vãos. Eram os dois muito teimosos! Da última vez, acabaram atirando bolas de lama um ao outro.

Um dia, havia chovido muito. Depois, as nuvens se afastaram e o sol voltou a brilhar, mas a rua ficara inundada. Quem queria atravessar tentava, a medo, medir a profundidade da água com a ponta do pé, e recuava.

Max saiu de casa, parou na frente do pátio e olhou satisfeito à sua volta. Tudo fresco e lavado pela chuva. Como brilhava agora ao sol! De repente, seu rosto se tornou sombrio. Do outro lado da rua, Pedro estava parado à porta de casa. E Max reparou que ele tinha na mão uma grande pedra. “Ah!”, pensou Max. “Pedro vai me atirar uma pedra! Já vai ver!”

Correu novamente em direção ao pátio, procurou um tijolo e voltou para a rua, pronto para se defender. Mas Pedro não lhe atirou a pedra. Se baixou na beira da calçada e a pousou na água com cuidado. Depois, experimentou com o pé para ver se oscilava, e desapareceu.

A pedra ficou parecendo uma pequena ilha.

“Ah!”, pensou Max. “Isso eu também sei fazer!”

E pôs o seu tijolo na água.

Pedro voltou a aparecer, carregando uma segunda pedra. Pôs o pé com cuidado em cima da primeira e colocou a segunda pedra na água, alinhada com o tijolo do seu inimigo. Max trouxe então três tijolos de uma só vez.

E assim foram construindo uma passagem sobre a água.

Dos dois lados da rua, as pessoas os observavam e esperavam.

Por fim, ficou apenas a distância de um passo entre o último tijolo e a última pedra.

Max e Pedro estavam em frente um do outro. Era a primeira vez, desde há muito tempo, que se olhavam novamente nos olhos.

— Tenho uma tartaruga no meu pátio — diz Max. — Quer vir ver?

 

 

N. Oettli

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 Reconexão com a Natureza

 

A fim de podermos adotar uma atitude mental mais regeneradora, precisamos de reconhecer que a nossa própria sobrevivência física depende diretamente da natureza. Os seres humanos não podem sobreviver mais do que alguns minutos sem oxigénio. Ora, o oxigénio que respiramos tem origem, por um lado, nos processos fotossintéticos de árvores, gramíneas e outras plantas da terra, e, por outro lado, no fitoplâncton dos oceanos. Cada gole de água que bebemos provém da chuva, dos glaciares, dos lagos, e dos rios. E cada alimento que comemos provém quer da terra — frutas, legumes, grãos, vacas, galinhas ou ovelhas — quer dos rios e oceanos — peixe ou marisco.

 

Os seres humanos não podem sobreviver mais de uma semana sem água ou três semanas sem comida. Cada inspiração que fazemos, cada gota de líquido que bebemos, e cada porção de comida que ingerimos tem origem na natureza, e liga-nos profundamente a ela. Esta é uma verdade básica e simples, que tendemos a ignorar ou a encarar como garantida. Não é apenas a nossa sobrevivência imediata que depende do funcionamento dos ecossistemas. A nossa saúde, física e emocional, também depende do contacto com o mundo natural que nos rodeia.

 

Neste momento, este contacto encontra-se seriamente ameaçado, quer pela urbanização crescente, quer pelo tempo que despendemos com dispositivos eletrónicos. A vida sedentária que levamos — muitas vezes caraterizada por escassez de luz natural, má qualidade do ar, ambientes fechados, e excesso de contacto com o mundo digital — leva não só à obesidade e à perda de força física, mas também a sentimentos de isolamento e depressão. Este conjunto de sintomas tem sido amplamente diagnosticado como “transtorno de défice de natureza”.

 

Vários estudos científicos demonstram que as pessoas que fazem exercício físico e que passam mais tempo em contacto com o mundo natural revelam um decréscimo de mortalidade, stresse e outras doenças. Jardinagem, atividades de lazer baseadas na natureza, e contacto com paisagens naturais aumentam a nossa sensação de bem-estar, ao mesmo tempo que nos sensibilizam para os vários cambiantes da luz e do clima, e para as mudanças que ocorrem em cada uma das estações do ano. A reconexão com a natureza é um poderoso remédio para a ansiedade e para o stresse, e atua como antídoto para as doenças físicas.

 

O sistema nacional de saúde japonês desenvolveu a prática do shinrin-yoku, que significa literalmente, “banho de floresta”, e que equivale a desfrutar da floresta de forma consciente. Esta prática é benéfica para a alma e para o corpo, uma vez que reforça o sistema imunitário, baixa a pressão arterial, ajuda a dormir bem, melhora o humor, e aumenta a energia individual. Daí que uma tal prática se tenha tornado uma pedra angular dos cuidados preventivos de saúde e cura no Japão.

 

Neste momento, um número crescente de pediatras está a prescrever um maior contacto com a natureza. Tal contacto não só ajuda as crianças a combaterem a obesidade, mas também lhes permite desenvolver uma atitude de deslumbramento e amor pela fauna e flora locais, bem como por certos lugares especiais. Alguns médicos chegam ao ponto de afirmar que assistir a documentários sobre espécies ameaçadas e ecossistemas distantes não substitui o cuidado dedicado às plantas de nossa casa, nem a observação direta dos voos de borboletas e pássaros.

 

Christiana Figueres, Tom Rivett-Carnac

 

acb@clubedashistorias.com

 

quinta-feira, 3 de março de 2022

Incentivo à Leitura: convite


  

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   Clube das Histórias   

Um Incentivo à Leitura

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Caros Senhores,  

   

A equipa responsável por Clube das Histórias: Um Incentivo à Leitura é composta por um grupo de pessoas dedicadas a promover o prazer de ler histórias. A equipa envolvida tem vindo, desde há alguns anos, a trabalhar em conjunto com escolas, bibliotecas e outras instituições, com a finalidade de incentivar o gosto pela leitura junto de pessoas de diferentes faixas etárias.

Tomámos também a decisão de alargar o público alvo e de dar a conhecer o nosso acervo de textos, via email e numa base semanal, a todos os que estiverem interessados em recebê-los. A iniciativa Clube das Histórias tem vindo, desde então, a difundir-se de uma forma significativa não só em Portugal mas também no Brasil e nos Países Africanos de língua portuguesa.  

Clube das Histórias visa assim promover a literacia, através da leitura de pequenos textos capazes de permitir uma reflexão sobre princípios fundamentais da sociedade de hoje, e de transmitir valores como a solidariedade, a justiça, a generosidade e a tolerância, entre muitos outros.

Esta iniciativa consiste no envio por email de duas histórias semanais de forma totalmente gratuita. As histórias enviadas destinam-se, uma, a um público infantil; outra, a adolescentes e adultos.

As duas histórias poderão ser lidas no corpo da mensagem ou, o que aconselhamos, nos anexos PDF, onde são apresentadas com texto e imagens a cores.    

 

Se tiver interesse em aderir a este projeto, cujo convite receberá apenas durante duas semanas, deverá inscrever-se seguindo as instruções abaixo. A inscrição é totalmente gratuita e pode cancelá-la quando desejar. Asseguramos-lhe ainda que o seu endereço de email permanecerá estritamente confidencial.

Se pretender continuar a receber as histórias semanais, copie no campo do assunto:

"Sim, desejo inscrever-me no projeto: Clube das Histórias (Portugal)"

"Sim, desejo inscrever-me no projeto: Clube das Histórias (Brasil)"

 

Se não quiser receber as histórias semanais, copie no campo do assunto:

"Não estou interessado(a) em participar no projeto: Clube das Histórias"

 

Se nada disser, deixará de receber este convite ao fim de duas semanas.

 

Neste momento, estamos a gerir projetos semelhantes em Alemão, Espanhol, Francês e Inglês. Se desejar receber (sempre gratuitamente) histórias noutras línguas, pode responder a este email indicando a(s) sua(s) escolha(s):

 

- Alemão - Mit Geschichten groß werden

- Espanhol - Cuentos para crecer

- Francês - Histoires à faire rêver

- Inglês - Joy of Reading

  

Com a convicção de que esta iniciativa irá merecer o interesse dos nossos leitores, agradecemos desde já a atenção dispensada.

  

 A Equipa Coordenadora de Clube das Histórias

 

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A cadeira que quis ser trono

 

Esta cadeira não tinha os pés bem assentes no chão. Era uma cadeira um pouco desequilibrada, como vão apreciar.

Nada a distinguia de milhares de outras cadeiras modestas, toscamente pintadas, para enganar o caruncho. Tinha quatro pernas, assento de bom tamanho e umas costas muito direitas, que a faziam parecer senhora espartilhada e altiva. Esquecida a um canto da casa, infeliz com o seu destino de cadeira vulgar, suspirava todo o santo dia:

— Por mais que queira, não me conformo. Puseram-me para aqui, nesta casa insignificante, quando podia estar em lugar de destaque, num salão de luxo. Triste sina.

Os bancos, muito amigos da galhofa, riam-se destas falas. Um deles, um velho mocho de sapateiro, dizia-lhe assim:

— Naturalmente, queria ser trono, não?

— Para trono faltam-lhe os braços — notava um banco de cozinha.

— E falta-lhe a madeira... — acrescentava um outro. — Onde é que já se viu um trono de pinho?

Os bancos voltavam a rir-se, de frente para a cadeira, que nem as costas lhes podiam voltar.

— Deixem a pequena em paz — aconselhava a mesa que era muito boazinha.

— Tem as suas fraquezas, que querem? Se lhe pusessem um calço por baixo de um dos pés, talvez lhe passasse o desequilíbrio. O mal foi terem-na feito com madeira ainda verde.

— A senhora mesa está sempre pronta a desculpá-la — dizia o mocho.

— É que eu também tive ambições, quando era nova. Quis ser mesa de banquetes, imaginem! Só me via vestida com uma grande toalha de linho e rendas, enfeitada de castiçais de prata, coberta de travessas finas e talheres reluzentes... Sonhei com este banquete mil vezes, mas nunca me deram nenhum.

Os bancos ficaram calados. Falando-se em coisas sérias, os bancos não sabiam o que dizer.

— Mas não me sinto infeliz — continuou a mesa. — Aqui os talheres são foscos e os pratos, rachados. Quase nunca me cobrem com toalha, mas as mãos das pessoas passam sobre mim e fazem-me festas. Os cotovelos apoiam-se ao meu tampo. Os dedos batem-me ao de leve, enquanto esperam pela terrina da sopa e pelo pão, acabadinho de sair do forno. Sei que as pessoas matam a fome e a sede à minha volta, sei que gostam de mim e não me dispensam. Vale a pena ser mesa.

"Aquela contenta-se com pouco", pensava a cadeira, empertigando-se ainda mais nas suas quatro pernas fraquinhas.

Um dia, passou por ali um vistoso cortejo de cavaleiros. Era o rei que ia à caça, em companhia dos seus fidalgos. O séquito atravessou a galope a única rua da aldeia.

As mulheres, os homens e as crianças, que nunca tinham visto cavalos tão bonitos nem cavaleiros tão bem vestidos, vieram às janelas e disseram adeus com lenços.

Na casa desta história, não se falou noutra coisa, durante o resto do dia.

A cadeirinha, essa, só suspirava de si para si: "Ah, se o rei me levasse...!"

Voltaram a passar pela aldeia, ao fim da tarde, os cavaleiros. Traziam caça grossa: javalis, raposas e veados, atravessados nos cavalos. E vinham cansados os cavaleiros.

De todos, o mais amolentado era o rei. Gordo, muito gordo, o rei estava farto de correrias, caçadas e solavancos. O que queria era repouso.

Das portas abertas das casas vinha um cheirinho apetitoso a pão desenfornado. Sua Majestade tentou-se pelo cheiro e, fazendo um gesto, mandou parar a comitiva.

O estribeiro-mor ajudou-o a descer do cavalo, o que ainda foi difícil, e amparou-o até à soleira de uma porta, precisamente a porta da casa onde se passa esta história.

O casal de velhinhos que lá vivia assarapantou-se com a visita. Servir-lhe um pão saído do forno, barrado com manteiga fresquinha, não exigia grandes conhecimentos de etiqueta, mas onde sentar tão ilustre visitante?

— Traz a cadeira, mulher. Depressa! — gritou o camponês.

Era a única cadeira da casa, a tal de que temos falado. Finalmente, ia provar aos bancos trocistas que uma cadeira, mesmo de pinho, sabe servir com fidalguia os grandes da terra e amparar-lhes o peso do poder. Eles que a vissem, frágil cadeirinha, fazer as vezes de um trono, pois então!

Podíamos acabar aqui a história, que acabávamos bem. Mas há contratempos...

Os camponeses chegaram a cadeira a Sua Majestade, que se refastelou. Fosse do inesperado peso ou da emoção, a pobrezinha gemeu... gemeu... e, não se segurando nas pernas, desconjuntou-se toda, com o rei em cima.

Catrapumba! Cai o rei no meio do chão, alarma-se o séquito, assustam-se os camponeses e, dentro de casa, quase se desmancham a rir os bancos e os banquinhos.

Amolgado e muito dorido, o rei lá se levantou:

— Coitados, a culpa não foi deles — disse o rei, referindo-se aos velhinhos.

— Dêem-lhes dinheiro para uma cadeira nova. Ai!

Foi-se embora o séquito real. A cadeira, triste monte de tábuas carunchosas, ficou onde se tinha partido. Lenha para o forno, não tarda...

 

António Torrado

 

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Duas cabras numa ponte 

 

Uma ponte estreita ligava duas montanhas. Em cada uma das montanhas vivia uma cabra. Dias havia em que a cabra da montanha ocidental atravessava a ponte para ir pastar na montanha oriental. Dias havia em que a cabra da montanha oriental atravessava a ponte para ir pastar na montanha ocidental. Mas, um dia, as cabras começaram a atravessar a ponte ao mesmo tempo.

Encontraram-se no meio da ponte. Nenhuma queria ceder passagem à outra.

 Sai da frente!  gritou a Cabra Ocidental.  Estou a atravessar a ponte.

 Sai tu da frente!  berrou a Cabra Oriental.  Quem está a atravessar sou eu!

Como nenhuma delas queria recuar e nenhuma delas podia avançar, ali ficaram, enfurecidas, durante algum tempo. Finalmente, entrelaçaram os chifres e começaram a empurrar. Eram tão semelhantes em força que apenas conseguiram empurrar-se uma à outra da ponte abaixo.

Molhadas e furiosas, saíram do rio e subiram a encosta, a caminho de casa, cada uma murmurando para si: "Vejam só o que a teimosia dela provocou."

   

Margaret Read MacDonald

 

acb@clubedashistorias.com

 

 

Compliments.

Compliments. I'm Mr. Cools Kurt residing here in Paris, France. It's a great privilege to be in contact with you today. I have somet...